terça-feira, 14 de dezembro de 2010

ESCALA SIM, DINHEIRO NÃO

 MILITARES CUMPREM ESCALA ABUSIVA NO 2º BPM


 
   





'Foto: forum-escravo

 Fonte: ACS Alagoas

"Como se não bastassem as  denúncias de escala excessiva de trabalho praticada no 9º e 10º Batalhão de Polícia Militar (BPM), que rendeu até uma matéria aqui no site da Associação dos Cabos e Soldados  de Alagoas (ACS), agora foi a vez de alguns associados lotados no 2º BPM, em União dos Palmares, informarem jornada abusiva. Eles estiveram na sede da entidade exclusivamente para repassar a informação e buscar auxílio jurídico para modificar o quadro". Leia mais em http://www.acsalagoas.org.br/portal/?p=2579

COMENTÁRIOS DA ASPRA PARA ESTA MATÉRIA

JORNADA IRRACIONAL: Uma carga horária acima de 40 horas semanais já é absurda para policiais e bombeiros, que vivem se arriscando a cada minuto em serviço. Não faz muito tempo, um colega da PM levou dois balaços durante um assalto, e uma colega dos Bombeiros foi atingida no olho com sangue de uma vítima de acidente que ela socorreu a serviço. Mas ainda tem comandante de unidade que acha pouco. Claro que acham. Afinal de contas não passam os fins de semana enfurnados numa farda, num colete velho e numa viatura insalubre, longe da família, sem repouso semanal. Os chefes assinam a escala... e tchau. 
PARECER DO CONSELHO. O parecer do Conselho Estadual de Segurança Pública, publicado no BGO 062, de 06 de abril de 2010, não observou que as 44 horas não se aplicam aos militares dos estados. Vejam a Emenda 18 da Constituição.
Sabe porque isso acontece? Porque tem dois coronéis no Conselho, representando o poder da cúpula militar de Alagoas... Aliás, tem coronel chefiando postos em todos os poderes do Estado de Alagoas, uma afronta ao princípio da independência dos poderes, uma inconstitucionalidade nua e crua.
COMANDO ONIPRESENTE: O Executivo, representado pela cúpula militar, está na Assembléia Legislativa, no Tribunal de Justiça, no Tribunal de Contas, na Procuradoria Geral de Justiça (Ministério Público), na Procuradoria Geral do Estado, e até na Prefeitura de Maceió. Adivinha quais interesses os chefes das Assessorias Militares defendem? Com certeza não são os dos praças,  muito menos os interesses da sociedade, vítima da crescente violência e descaso. A hierarquia e a disciplina caêm como uma luva pra justificar tudo isso.
A ASPRA vem fazendo estudos para apresentar ao Conselho e pedir a reavaliação de sua posição sobre a jornada de trabalho, até porque, só os praças estão cumprindo a complementação de "carga horária".

TODA ESCALA EXTRA É SINAL DE DUAS COISAS: OU O POLICIAMENTO NÃO FOI PLANEJADO COM ANTECEDÊNCIA, OU ALGUÉM QUER MOSTRAR UMA REALIDADE PARA "JUSTIFICAR" A EXISTÊNCIA DE OUTRA, QUE ESTÁ ESCONDIDA.

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