sábado, 2 de outubro de 2010

SEGURANÇA NAS ELEIÇÕES: DE ONDE BROTOU O EFETIVO?

Vejam a seguinte manchete:
“Polícia Militar reforça segurança durante eleições”
Efetivo, formado por cerca de 7,5 mil homens, embarca hoje para os municípios do interior
Viram? Pois é. Essa é uma manchete do site de notícias Tudo na Hora, publicado no dia 1 de outubro.
O que nós da ASPRA não conseguimos entender é como essa conta foi possível. Se o efetivo da PM, no seu todo, não chega a 8 mil integrantes, como é que o Dr. Rubim conseguiu mandar 7,5 mil policiais para o interior?
Ora, todo mundo sabe que falta efetivo nas unidades da capital, e que o policiamento normal, como o motorizado, tem que continuar, do contrário a insegurança é total.
Se boa parte do efetivo da capital continua no serviço normal de policiamento, onde foi possível buscar o efetivo anunciado na reportagem?
OUTRA COISA: como é que o contigente da capital, que já é defasado, pode ser deslocado para o interior do Estado, também carente de pessoal, e ser tudo resolvido? E as eleições na capital, quem vai assegurar? Os policiais da capital, é obvio. Então, tem algo inexplicável no meio do caminho.
O saldo disso tudo é um policiamento hipotético. Alguns postos de votação contarão com apenas um policial de serviço, o que é inadequado, muito distante do número ideal previsto na cartilha distribuída pela PM.
Não adianta cobrir o sol com peneira. A PM não tem efetivo suficiente para cobrir as eleições em todo o estado. Isso precisa ser dito na imprensa. Por outro lado, os jornalistas não podem simplesmente divulgar tudo o que a SDS diz; é preciso questionar, para depois passar para a sociedade.
DIÁRIAS

As diárias de alimentação e pousada dos policiais chegam, no máximo, a R$ 210,00 paras as praças. Se um soldado, que recebeu menos de R$ 200,00, gastar R$ 10,00 em cada alimentação, terá pago R$ 90,00 em três dias, sem contar água, lanche, suco etc. Se for pagar pousada, não gastará menos de R$ 100,00 em três
dias. Resultado: vai ter que botar dinheiro do bolso para não passar vexame. Isso, ninguém questiona, o "planejamento" se limita a pulverizar o efetivo numa escala, deixando muitos policiais em locais ermos e sem qualquer assistência material, locais onde nem sequer se vende água mineral.
Enquanto a nação gasta uma fortuna com as eleições, e os candidatos ricos, idem, os policiais recebem um valor irrisório para trabalhar na “festa da democracia”.
Isso não vai acabar nunca, só quando dissermos NÃO AOS ABUSOS.












Embarque nos ônibus: (foto do tudonahora.com.br) de onde brotou tanto efetivo?

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